Ao observar o desempenho de obras ao longo do tempo, Valderci Malagosini Machado ressalta que fica claro que a durabilidade não depende apenas de grandes decisões estruturais, mas também da forma como materiais aparentemente simples são escolhidos e aplicados. Nesse cenário, o uso racional de artefatos de cimento exerce influência direta na redução de patologias, na estabilidade dos sistemas construtivos e na diminuição de custos de manutenção. Blocos, pavers, painéis e outros componentes cimentícios, quando especificados com critério técnico, contribuem para obras mais equilibradas e previsíveis.
Em projetos de médio e grande porte, a repetição desses elementos amplifica seus efeitos positivos ou negativos. Pequenos erros de especificação, quando multiplicados ao longo da edificação, tendem a gerar problemas recorrentes. Por outro lado, escolhas bem fundamentadas resultam em desempenho consistente e menor necessidade de intervenções futuras.
Critérios técnicos que orientam o uso racional dos artefatos
Antes de qualquer decisão de compra ou aplicação, é fundamental compreender o papel que cada artefato desempenha no sistema construtivo. Segundo Valderci Malagosini Machado, resistência mecânica, absorção de água, regularidade dimensional e compatibilidade com argamassas são critérios que precisam ser avaliados em conjunto, e não de forma isolada.
Artefatos superdimensionados aumentam custos sem trazer ganhos reais, enquanto peças subdimensionadas elevam o risco de fissuras, deslocamentos e desgaste precoce. O uso racional está justamente no equilíbrio entre desempenho necessário e eficiência material. Esse raciocínio se aplica tanto a vedações quanto a pavimentações e sistemas estruturais complementares.
Outro ponto relevante é a adequação ao ambiente de uso. Áreas externas, por exemplo, exigem artefatos com maior resistência à umidade e às variações térmicas, enquanto ambientes internos demandam estabilidade dimensional e bom acabamento superficial.
Relação direta entre escolha do material e manutenção futura
Grande parte das manutenções corretivas realizadas em edificações está relacionada a falhas em componentes cimentícios. Conforme analisa Valderci Malagosini Machado, infiltrações, desplacamentos e recalques frequentemente têm origem em artefatos inadequados ao tipo de solicitação a que foram submetidos.

Quando blocos e painéis apresentam absorção elevada ou baixa regularidade, o revestimento sofre, a argamassa perde aderência e a intervenção passa a ser inevitável. Em pavimentos, a escolha incorreta de pavers ou a ausência de contenções adequadas gera migração de peças e deformações progressivas.
Ao optar por artefatos compatíveis com o uso previsto e com controle tecnológico adequado, a edificação passa a exigir apenas manutenção preventiva simples, em vez de correções estruturais ou estéticas mais complexas e onerosas.
Impactos positivos na execução e no controle da obra
O uso racional de artefatos de cimento também se reflete diretamente na execução. Peças com boa regularidade facilitam alinhamento, reduzem consumo de argamassa e aceleram o ritmo de produção. Em obras extensas, esses ganhos operacionais se acumulam e impactam significativamente o cronograma.
Na experiência relatada por Valderci Malagosini Machado, a redução de improvisos no canteiro é um dos principais benefícios dessa abordagem. Quando o material responde conforme o esperado, a equipe executa com mais confiança, menos retrabalho e maior previsibilidade. Isso melhora a organização do canteiro e reduz desperdícios de tempo e insumos.
Além disso, a compatibilidade entre os artefatos e os demais sistemas construtivos simplifica a coordenação entre etapas, evitando ajustes tardios que comprometem o acabamento final.
Durabilidade como resultado de decisões conscientes
Obras duráveis não são fruto do acaso, mas da soma de decisões técnicas coerentes ao longo de todo o processo construtivo. Valderci Malagosini Machado percebe que tratar os artefatos de cimento como componentes estratégicos, e não apenas como itens de consumo, eleva o padrão da edificação e reduz significativamente custos ao longo de sua vida útil.
A racionalização no uso desses elementos resulta em sistemas mais estáveis, menor incidência de patologias e manutenção simplificada. O benefício se estende ao usuário final, que percebe maior confiabilidade, e ao construtor, que entrega obras mais eficientes e com desempenho consistente.
Ao alinhar especificação, execução e finalidade de uso, os artefatos de cimento deixam de ser pontos vulneráveis e passam a atuar como aliados na construção de edificações mais duráveis, econômicas e tecnicamente equilibradas.
Autor: Bertran Sacrablade